quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Combate a tuberculose - FILATELIA

Combate a tuberculose - FILATELIA
Selos de diversas épocas.
Foto aérea de Aracaju contribuindo também para o combate a tuberculose.
Selos de combate a tuberculose

Na colonização do Brasil vieram jesuítas e colonos, na maioria tuberculosos, para cá atraídos e destacados pelos "benefícios do clima ameno". Eles contaminaram os índios, tuberculisando-os em massa, na primeira fase da colonização. Em cartas de Inácio de Loyola (1555) e de Anchieta (1583) dirigidas ao Reino, está descrito que "os índios, ao serem catequisados, adoecem na maior parte com escarro, tosse e febre, muitos cuspindo sangue, a maioria morrendo com deserção das aldeias". Em toda a história das conquistas territoriais, das colonizações, onde o homem civilizado chegou, levou também o bacilo da tuberculose, contaminando os nativos, os quais, sem defesas imunitárias, tiveram grandes contingentes dizimados. Descreveram-se episódios semelhantes na colonização dos países da África, Ásia, América, e Polinésia. Ante esse quadro repetido de forma monótona, Webb desenvolveu a tese de que "ante a terrível mortandade provocada pela tuberculose nessas populações expostas, essa doença foi um dos pontos cardeais, como maior aliado dos civilizados nas conquistas dos povos aborígenes". Na atualidade, na década dos anos 1990, morreram de tuberculose no mundo 30 a 35 milhões de pessoas, não obstante a quimioterapia, sendo que quase todas, como foi dito atrás, nos países em desenvolvimento (98,8%).

Durante algum tempo o governo do Brasil lançou selos de campanha com o intuito de contribuir ao combate a tuberculose. Selecionamos algumas peças de épocas. Destacamos os selos com paisagens de cidades inclusive a nossa bonita Aracaju conforme podemos constatar, vale a pena conferir.

Alguns tuberculosos célebres
Os personagens que viveram antes de 1840, mencionados como portadores de tuberculose, eram na época chamados "tísicos". O termo tuberculose só foi criado em 1839, por Schoenlein, que aproveitou a raiz "tubérculo", nome dado ao nódulo lesional por Sylvios Deleboe em 1680.
Tuberculosos célebres que figuram nas principais enciclopédias são: 16 reis e imperadores, duas rainhas, 53 com titulagem de nobreza, 101 escritores, 110 poetas, 40 cientistas, 8 filósofos, 16 músicos, 9 pintores e 9 santos católicos. É interessante destacar que grande número desses tísicos teve laringite como complicação do processo pulmonar, tendo muitos deles morrido sufocados.
Esse pequeno grupo de 364 tísicos amalgamou a tuberculose à história cultural das manifestações criativas e à dramaticidade da doença. Somente alguns casos são aqui comentados.
Fonte: Boletim de Pneumologia Sanitária






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